Pular para o conteúdo

MEDICINA

Voltar

Nome: Anônimo (OBS: A Equipe aliperce verificou que o profissional realmente possui formação na área indicada).

Formação: Medicina.

Área de atuação: Pediatria geral, exceto neonatologia.

Cinco pontos positivos mais relevantes: a) conhecimento em saúde; b) flexibilidade de horários; c) facilidade de colocação no mercado; d) contribuição social; e) empatia com crianças.

Cinco pontos negativos mais relevantes: a) disponibilidade para emergências; b) baixa remuneração; c) desvalorização do trabalho médico; d) responsabilidade em tempo integral pelo doente; e) pais ansiosos com preocupações avassaladoras muitas vezes desnecessárias.

Opinião: É muito bom ter conhecimento mais profundo sobre nosso corpo e as doenças que nos afetam. Isso nos tranquiliza muito diante dos percalços da vida. Facilita demais quando nós ou nossos familiares são acometidos por alguma doença. Exercer a medicina não é para qualquer pessoa, é necessário vocação para ajudar o próximo ou a profissão poderá se tornar um pesadelo. Somos solicitados em tempo integral por nossos clientes/pacientes, principalmente em se tratando da pediatria. É bastante gratificante cuidar da saúde de crianças, elas têm uma energia imensurável mas, paciência e tolerância são colocados à prova o tempo todo. A parte econômica da medicina vai depender de cada profissional e também da área de atuação. Atualmente está ocorrendo uma desvalorização do trabalho, mas em qualquer cidade sempre haverá lugar para um médico. Cuidar da vida deve sempre ser o maior propósito, independente do retorno financeiro.

Data do depoimento: 15/11/2021.

Nome: Anônimo (OBS: A Equipe aliperce verificou que o profissional realmente possui formação na área indicada).

Formação: Medicina.

Área de atuação: Clínico geral.

Cinco pontos positivos mais relevantes: a) boa remuneração; b) satisfação profissional; c) ampla área de atuação; d) demanda sempre será alta por esse profissional; e) capacidade de melhorar a vida de outras pessoas.

Cinco pontos negativos mais relevantes: a) tempo de formação elevado; b) grande dedicação sendo necessário abrir mão de certas escolhas; c) pode ser desgastante psicologicamente; d) necessidade de lidar com perdas; e) distanciamento da família e amigos.

Opinião: O curso de Medicina é um dos mais clássicos cursos oferecidos pelas mais diversas Universidades no Brasil e, também, um dos mais concorridos atualmente, o que corrobora para uma elevada relação de candidatos/vaga em seus vestibulares. As primeiras faculdades de Medicina do País foram fundadas por Dom João VI na sua vinda de Portugal em 1808 estabelecendo-as na Bahia e Rio de Janeiro. O surgimento de outras faculdades seguiu o processo de ocupação do território nacional concentrando-se principalmente na região sudeste onde se encontra a grande maioria de escolas médicas atualmente. Posteriormente e, inclusive, nas últimas décadas, têm-se observado um aumento exponencial na abertura de novos cursos em todas as regiões do País oferecendo muitas oportunidades àqueles que se interessam por essa área da Saúde.

A duração do curso é de 6 anos sendo que as Escolas tradicionais a dividem em dois anos de Ciclo Básico; dois anos de Ciclo Clínico e dois anos de Internato. O ciclo básico compreende o aprendizado inicial das estruturas biológicos do organismo humano e seu funcionamento a nível celular e tecidual. Apesar de ser um período de matérias basicamente teóricas, cujo estudo muitas vezes pode ser bastante desestimulante segundo a maioria dos estudantes, uma base bem consolidada facilitará o aprendizado de matérias futuras. Já no ciclo clínico ocorre uma maior proximidade das matérias com a prática da medicina de fato. Nesse período são estudados os mais diversos sistemas do corpo humano e sua interação com aspectos patológicos, processos de adoecimento, raciocínio diagnóstico e abordagens terapêuticas. Por fim, no internato é quando o graduando irá desenvolver e aplicar seu conhecimento para abordar o paciente como um todo, considerando aspectos pessoais, ambientais e sociais influenciando seu contexto de saúde. Nesses dois últimos anos, o estudante atende pacientes nos mais diversos cenários disponibilizados pela faculdade como, por exemplo, ambulatórios do Hospital Universitário, Centros de Saúde e Escola, Unidades Básicas de Saúde dos bairros da cidade, prontos-socorros, unidades de maternidade, unidades de emergência e acompanha procedimentos nos centros cirúrgicos. Dessa forma, quanto mais cenários a Faculdade disponibiliza aos alunos, mais rico e ampla será sua formação, e isso é um dos pontos importantes na hora de escolher qual faculdade irá se ingressar.

Ao finalizar os seis anos de curso, o estudante recebe o grau de médico como clínico-geral podendo trabalhar assim que recebe o registro profissional (CRM) de modo que muitos recém-formados trabalham como plantonistas nos mais diversos serviços, geralmente atendendo toda a demanda espontânea que chega em uma unidade de pronto-socorro, por exemplo. Grande parte dos problemas pode ser resolvida ali mesmo; por outro lado, quando a situação é mais complexa é necessário encaminhar o paciente para centros de maior complexidade onde o paciente poderá ser assistido por médicos especialistas. Então, um outro caminho a se seguir após formado é a Residência Médica, em que o médico ingressará em um serviço para se especializar em uma das áreas da medicina. Alguns exemplos: Anestesiologista, Cirurgião geral, Clínico, Dermatologista, Infectologista, Emergencista, Médico de Família e Comunidade, Neurologista, Ginecologista e Obstetra, Oftalmologista, Ortopedista, Pediatra, Psiquiatra, Radiologista, dentre outros.

A Residência médica funciona como uma pós-graduação para o ensino médico e sua duração é dependente de qual área seguir, geralmente de 3 a 5 anos. E ainda assim, há áreas que demandam uma subespecialidade.

De todo modo, percebe-se que a carreira médica demanda bastante estudo, dedicação e tempo. Muitos estudantes e profissionais acabam abrindo mão de muitas coisas para atingir o sucesso profissional, o que acarreta prejuízos para a própria saúde e bem-estar. Isso tem trazido muitos questionamentos e indagações atualmente a respeito da saúde e felicidade do profissional médico. Se ele não souber manter o equilíbrio entre estudo, trabalho, lazer e descanso, poderá facilmente entrar em “burnout” trazendo grandes prejuízos para si e outros. Assim, a medicina é uma carreira que pode proporcionar muitas coisas, desde a felicidade e satisfação em ajudar o próximo, a possibilidade de confortar àqueles que não tem a quem recorrer, fazer a diferença na vida de alguém e ser de fato transformador em algumas comunidades; como também obter um retorno financeiro condizente com seu esforço profissional. No entanto, o equilíbrio profissional com seu bem-estar e felicidade é o que  deve ser sempre prioridade nas suas escolhas como médico, sempre seguindo, ainda, os preceitos éticos que a profissão exige.

Data do depoimento: 08/11/2021.

Voltar